A Defensoria Pública do Pará é finalista na 5ª edição do Prêmio de Inovação Judiciário Exponencial (J.Ex). O projeto “Sírio”, desenvolvido pela Diretoria de Inovação e Transformação Tecnológica (DITEC) da DPE-PA, concorre na categoria “Inovação Social”. Entre os dias 15 e 17 de outubro, o projeto está em exposição na 8ª edição do ExpoJud, o maior congresso brasileiro de tecnologia, inovação e Direito, que acontece em Brasília. A cerimônia de entrega do Prêmio J. Ex acontece no dia 21 de novembro, também na capital federal.
O “Sírio” é um projeto de atendimento humanizado com inteligência artificial, desenvolvido com o objetivo de otimizar o atendimento e agendamento virtual aos assistidos da Defensoria Pública do Pará. Ele concorre ao Prêmio J.Ex na categoria “Inovação Social”, que premia iniciativas de implementação da tecnologia que geram impacto positivo para a sociedade. A categoria tem 13 finalistas de todo o país.
O Prêmio J.Ex reconhece e incentiva projetos inovadores no âmbito tecnológico, de gestão e de novas metodologias no sistema de Justiça. Ele é uma iniciativa do J.Ex, com o apoio da Fundação Instituto de Administração. Os 145 finalistas desta edição foram selecionados de um total de 456 inscritos. Os premiados serão conhecidos no dia 21 de novembro em cerimônia com a presença de membros do Poder Judiciário e de instituições essenciais ao sistema de Justiça.
Para o diretor de Inovação e Transformação Tecnológica da DPE-PA, defensor público Fábio Rangel, a indicação ao prêmio é um coroamento da política de humanização do atendimento que norteia a atuação da Defensoria Pública do Pará. “Essa indicação nos deixa muito felizes porque foi uma ferramenta pensada para a comodidade dos nossos cidadãos, para ampliar o número de pessoas que podem ser atendidas, para descomplicar as terminologias utilizadas na interlocução com usuários dos serviços do sistema de Justiça e, principalmente, para oferecer outras formas de resolução de conflito que não sejam exatamente a judicialização”, comemora o diretor.
A defensora pública-geral, Mônica Belém, expressou orgulho pela indicação recebida, e enfatizou a importância da pesquisa de soluções inovadoras para a democratização do acesso à Justiça.“Estamos todos felizes e orgulhosos pelo empenho da equipe da Diretoria de Inovação e Transformação Tecnológica da Defensoria do Pará na construção do Sírio, que utiliza a Inteligência Artificial (IA) para auxiliar na celeridade dos atendimentos aos nossos assistidos e assistidas. É uma grande realização institucional ver o reconhecimento dessa ferramenta tão importante que, ainda em fase de implantação, já foi indicada à premiação. Isso nos impulsiona a seguir buscando soluções inovadoras para garantir o acesso à justiça e à cidadania para os mais vulneráveis”, conclui a defensora geral.
Projeto “Sírio”
O “Sírio” é um atendente virtual que trabalha por meio de inteligência artificial. O propósito é que, além de simplificar a fase inicial do atendimento, a plataforma proporcione um ambiente seguro para troca de informações.
Por meio de perguntas simples, o assistido tem o seu atendimento direcionado, recebendo informações como os documentos necessários, os procedimentos que deve seguir e o endereço da Defensoria mais próxima. Além disso, a plataforma gera uma peça jurídica a partir das respostas do assistido, que será anexada ao agendamento, agilizando o atendimento pelo defensor ou defensora.
Atualmente, o “Sírio” está em fase de testes na Região Metropolitana de Belém, para, em breve, atender a toda a população paraense, inclusive no interior do estado. “Isso vai ao encontro dos objetivos sociais de tornar o acesso à Justiça e aos serviços da Defensoria Pública muito mais céleres, muito mais ágeis e com amplitude maior”, conclui o diretor.
Sobre a Defensoria Pública do Pará
A Defensoria Pública é uma instituição constitucionalmente destinada a garantir assistência jurídica integral, gratuita, judicial e extrajudicial, aos legalmente necessitados, prestando-lhes a orientação e a defesa em todos os graus e instâncias, de modo coletivo ou individual, priorizando a conciliação e a promoção dos direitos humanos e cidadania.
Texto de Juliana Maués